sexta-feira, 5 de novembro de 2010

COMPORTAMENTO GERAL





esta semana foi uma semana muito difícil, e ainda está sendo porque só é sexta feira e ainda tem mais dois dias. ai você deve se perguntar: mas a semana começou na terça feira porque estaria sendo difícil? são vários motivos.

ontem mais uma decepção em minha “curta” vida. acho que são tão tropeços, tantas coisas que já passei, mesmo tendo pouco tempo de trajetória, que fico morrendo de medo de me frustrar dessa vez, como em duas outras no mesmo período dos anos anteriores, e desistir dos meus sonhos. fico imaginando que aos 40, não quero ser frustrada e infeliz, pensando “ porra se eu tivesse feito aquela escolha eu teria uma vida totalmente diferente, talvez não fosse mãe, talvez não tivesse casado, talvez não tivesse essa profissão...” . quando penso que posso cair nesse mesmo clichê de pensamento, me dá calafrios. um medo súbito.

a manhã foi exótica. rodeada por muitas crianças e bolas. deram problemas, sim é claro, sempre existem. saí para trabalhar, passei na farmácia comprar salgadinho, refrigerante e um bolinho que eu levava pra escola quando era criança. uma hora atrasada, só que antes de entrar no jornal, tocou uma música que me deixou chocada. “COMPORTAMENTO GERAL”

e a música do Gonzaguinha me deixou pensando que o que tem acontecido é realmente o que se tem que viver e se contentar. conformismo? determinismo? uma nuvenzinha negra em cima da minha cabeça, como as que ficavam em cima do coiote nos desenhos do papa léguas? não sei. mas vi que não tem muito jeito na vida não. é assim.

cansei de aparentar uma sensação que não estou vivendo.

“Você deve estampar sempre um ar de alegria
e dizer: tudo tem melhorado
Você deve rezar pelo bem do patrão
e esquecer que está desempregado”


após uma inflamação de garganta, reação alérgica por causa do remédio pra garganta, e um passarinho que acertou minha cabeça (sempre acho que eles ficam mirando, ai quando passa o infeliz eles mandam, bem no estilo da música do mamonas, sabe?) bom até fiquei feliz por ter sido na cabeça, eu estava de jaqueta branca, se tivesse sido na jaqueta... aí sim minha semana teria sido pior. mas fiquei brincando a semana inteira, dizendo que se alguém acha que sua vida está ruim, que deve ficar tranqüilo porque sempre a vida piora. se ela pode piorar, ela vai piorar. e não é pessimismo, não einm?! é realismo. Lei da atração? Lei de Murphy? Lei da ação e reação? todas são possibilidades de resposta para como tem acontecido a vida ultimamente.

cada manhã tem sido um parto. meu deus! o que é levantar de manhã e ir me arrastando para o chuveiro, até tem dias que durmo de pé debaixo d’água. ai me pergunto, qual é o objetivo de levantar todas as manhãs? acordar, tomar banho, ir pra faculdade, comer, ir para o trabalho, trabalhar, dormir, acordar.. tomar banho.. e assim vai.. os meus dias tem voado. tem passado muito rápido, por causa de uma merda de uma palavrinha que me indigna: ROTINA... qual é o objetivo de uma vida? nascer, crescer, trabalhar e morrer? a vida deve ser algo mais que isso.

ele me ligou de tarde, e acho que perguntou por educação como havia sido a gravação programa, eu fui contar meio empolgada mas com raiva das coisas que aconteceram, e no fim ele só queria saber o número da minha conta para depósito. “bom liguei pra saber mesmo como está a situação do seu banco e quanto é a faculdade mesmo?”

hoje a noite fui trazida até em casa, quando saí do carro, vi o apartamento escuro. me deu vontade de voltar correndo para o carro. porque eu não queria ficar sozinha... mais um dia sozinha. não é nem pelo fato de não ter pra quem contar como foi uma merda e como tem sido uma merda os últimos dias, eu havia contado a poucos minutos resumidamente como havia sido a manhã. mas é pelo fato de não ter alguém pra olhar pra mim e dizer “ ah você tá com cara de que a semana foi horrível... bora assistir um filme? qualquer filme que esteja passando na TV ou sei lá, um filme que tenha aqui em casa dos tantos que a gente comprou e ainda não assistiu.”

ok, não posso esperar isso dos dois. nem de ninguém. eu entendo em que contexto estou inserida e com as pessoas que estou envolvida. mas quando vi nenhuma luz acesa em casa, até senti falta de ter alguém que brigasse comigo, nem que fosse porque o sofá tá lotado de roupas pra dobrar e guardar e eu estou deitada no outro assistindo tv. só pela falta de ter alguém pra cobrar alguma coisa. mas nem isso essa noite eu tenho, essa como muitas outras.

cheguei no apartamento, todas as luzes apagadas. nem os passarinhos estavam cantando. ai pensei, não vou nem acender as luzes só vou me jogar na cama e que se dane o mundo. mas e ai estaria fugindo da minha dor.

o engraçado é que mesmo estando com os dois em casa, cada um está no seu mundo paralelo, me sinto sozinha. fui programada para sobreviver com a solidão. filha única, sem primos por perto, só adultos por perto quando era pequena, ai fiquei sozinha, permaneci e sempre serei sozinha.

ai pensando em tudo na minha vida, desejos, sonhos, realidades... descobri porque sempre quis casar. não é pelos frufrus de bolo de noiva, vestido, festa ( se fosse com toda essa firulagem, seria somente bom por causa dos presentes) mas quero a convivência com alguém. cansei de ser sozinha e estar sozinha. dormir junto pra mim, tem que ser o auge desse desejo. e agora pelo menos pra mim, tem ficado cada dia mais claro, os meus gostos, minhas preferências, o porque tenho alguns desejos etc. ..

acho que sei o que quero. ou assumir de vez essa solidão, sem a expectativa de que eles chegeum em casa, querendo realmente saber de mim, ou me acostumar como vivo.

tá. e eu fico por aqui, com todas as luzes aqui acesas, para tentar disfarçar a solidão que é quase um ostracismo.

domingo, 18 de julho de 2010

ensaio sobre a falta de luz




terça feira deu um chuva horrível aqui na cidade do frio.. achei que fosse quebrar a janela da biblioteca ela com vidros grandes e mais a chuva de pedra ( bom pelo menos pareciam pedras.. não ia colocar a cabeça pra fora da janela pra ver se era mesmo..)

e ai eu no computador vendo coisas importantes para o futuro, sonhando em frente à uma tela de computador... cai a luz.. volta a luz ... cai de novo... volta a luz... cai de novo...decidi desligar da toma da o computador antes que ele queimasse... aí já estava naquele momento do dia em que começa a escurecer e ainda mais com a chuva... ficou preto o céu... meu ultimo vestígio de não isolamento do mundo era o celular... óbvio... fui falar no telefone.. aí quando em dei conta meu pai estava em casa quando ele derrubou uma caixa pois estava procurando velas... desliguei o telefone e vi que a bateria estava pela metade... pensei... “ putz, não sei que horas volta essa luz, e se eu ficar sem bateria ... como vou falar com ele??.. tomara que dure o tempo suficiente”

achei o raio da vela e coloquei em uns potinhos... o apartamento parecia uma igreja.. o que se é possível fazer quando está sem luz, nem a solar ajuda, quando não se está com sono, e não têm condições de sair de casa? bom... quando se tem uma boa companhia pode se fazer ótimas coisas... mas... eu tava sozinha... e aí fui fazer o quê?! comer... obviamente... resolvi que eu queria fazer mingau de chocolate... como eu não estava achando as colheres, fui colocando os ingredientes na panela meio que na louca... ok... misturei tudo na panela.. e vamos lá... vamos cozinhar... a luz do celular que foi me mostrando o ponto da gororoba que eu estava fazendo... ( ficou uma delícia... minha mãe perguntou qual era a receita... só disse que fui colocando “na louca” os ingredientes .. ela riu...)

mas enfim... aí .. eu o mingau fomos sentar no sofá... eu com velas ao meu redor, um cobertor no colo, só consegui pensar.. “TOMARA QUE EU NÃO COLOQUE FOGO NA CASA!”

mas, viajando e comendo o mingau percebi.. que estava me sentindo no set de filmagem do ensaio sobre a cegueira.. só que ao invés de perder a visão... estava sem LUZ! é... nada ligada à religião... mas estava totalmente isolada...

cheguei a conclusão de que a luz virou nosso sexto sentido... não é a intuição mas sim a LUZ! a visão é importante, o tato também, a audição primordial, o paladar e o olfato indispensáveis... mas a luz, essa comodidade se tornou inerte a quem pode enxergar...

da minha janela da sala, consigo ver de lado alguns apartamentos, foi lindo ver em alguns, velas acesas, pequenas centelhas de luz... fiquei comendo o mingau e pensando como seria a vida sem luz... como era a vida sem luz, com certeza apolítica da televisão em casa para redução de filhos não funcionaria, será que teríamos um ritmo de vida menos frenético? será que pararíamos o dia mais cedo? como será que seria nossa visão? será que nossos corpos se habituariam à falta de luz e assim desenvolveríamos uma supervisão? será que andaríamos com uma tocha de fogo pra cima e pra baixo? imagina aqui em Curitiba? sempre chovendo... seria sim realmente a cidade mais escura...

aí... eu olhava para fora da janela e via como os carros que geravam a luz das ruas, mas longe dos carros não se via nada... a chuva passou... o céu limpou... e havia um planeta lá... qualquer que brilha bastante... fugi das aulas de geografia... (eu estava lá, mas prestava atenção em outra coisa... ENFIM...) e minha mãe chegou... avisei que havia acabado a luz.. ela disse meio sem paciência, e perante minha fala óbvia... “ eu percebi, não estava conseguindo achar a chave de casa...” bom... ela colocou suas milhares de bolsas nas cadeiras da sala de jantar e eu avisei que havia feito mingau, perguntei se gostaria de comer, ela disse que estava com fome.. ela sentou no outro sofá, e comeu o mingau comigo, (como sempre tem algo pra ela reclamar... disse que faltou açúcar.. sendo que eu quase virei o pote de açúcar na panela... mas enfim..)

há semanas não sentávamos para comer juntas... se sentávamos... era porque era realmente necessário e no fim estávamos uma emburrada com a outra, ou ela gritando ... mas enfim.. sentamos e conversamos cerca de 20 minutos, conversamos sobre a falta de luz, sobre a falta de água da semana passada, sobre como esse prédio parece que vai desmoronar as vezes, sobre um mp3 que ela estava querendo comprar, sobre minhas considerações do texto que estava pensando sobre a falta de luz. o papo já não estava mais tão agradável, lá ia ela dizendo como eu poderia escrever o texto... respondi ríspida “deixe que meus textos escrevo eu, vá escrever os seus..”

levantei e disse que iria tomar banho, ela disse que iria pro quarto se deitar.. me perguntou se eu tomaria banho gelado... eu disse que sim... estava com as velas no banheiro, sem a roupa já, quando ligo o chuveiro... e vejo que deveria esperar mais um pouco, pois eu congelaria debaixo d’água... desligo o chuveiro ... e VOLTA A LUZ...

tomei o banho com as luzes apagadas,velas acesas, mas com chuveiro quente..

é realmente velas servem para dar um bom clima no banho... mas o chuveiro DEVE estar funcionando senão... não há vela que faça o clima ficar quente... bruuuuu....

será que um mingau aproxima pessoas?

R.k.



domingo, 11 de julho de 2010

campanha por grana!



acho super justo blogueiros terem um incentivo governamental para escreverem...

poh, existe lei do incentivo pra tudo aqui, sendo que as vezes quando são abertos os editais, coisas absurdas são aprovadas...

lembra do Gilberto Gil e sua ultima turnê?! ele recebeu apoio financeiro.. largou o ministério da cultura e foi fazer sua turnê.. ok... mas ELE NÃO PRECISA DE GRANA...

aqui na minha cidade ( pareço uma interiorana falando assim.. ahah mas não deixa de ser né?! ASSritiba! ehhehe) aqui tudo é muito provinciano, mas enfim...

temos um lugar MARAVILHOSO pra fazermos shows, apresentações e o caramba a quatro... é a pedreira... mas e aí!? ela é fechada por causa de velinhos que se incomodam com o barulho, bom... a grana de algum edital não poderia ser também para realocar esses velinhos?!

mas voltando ao BLOG! alguém sabe maneiras de ganhar dinheiro com a internet? to precisando! ( ahh que NÃO sejam vídeos pornôs pela web cam .. obviamente...e nem nada do gênero! )

vamos unir o útil ao agradável! gostamos de escrever, mas precisamos de grana... paguem-nos...

numero da minha conta:

0800 – ajude uma estudante

agência: ONG estudantes sem Money! (participo de uma organização internacional, vai que consigo começar a receber em dólar, euro... rela só é complicado... ahh e ong OBVIAMENTE, porque é mais fácil de fugir do imposto de renda! ahahah)

p.s. não acredito mais na Filantropia... agora o sistema vigente no mundo é PILANtropia! ahaha!

R.K.

questão de vaidade

estava eu tendo um surto de vaidade. num salão, esperando, coisa que eu mais adoro fazer... mas enfim, não tinha a revista CARAS do ano de 2004 pra folhar, não tinha um rádio ligado pra eu prestar atenção na música da ouro verde (105.5... ouuuurooo verde fmmmm - easy radio) enfim... não tinha TV no mudo pra eu ficar brincando de tentar fazer leitura labial nos apresentadores do programa... não tinha nada...

o que me restava? ver as horas no celular, impaciente olhar pra balconista.. dando a entender pra ela... que eu odiava esperar... (ela entendia bem a mensagem... ia ver se a moça ia me atender logo...) me restava também mexer em alguns panfletos daquele novo chocolate na Lacta, “Delice” só aumentavam minha vontade de comer chocolate e minha impaciência... bom...

para me entreter... não foi pra me entreter obviamente... primeiro que isso não é atrativo... e segundo que ela tava fazendo o trabalho dela... uma moça começou a varrer a ante-sala, até aí tudo bem... o chão que era branco e com de pedacinhos de cabelos estava ficando limpo, e eu fui acompanhando ela com o olhar, quando vi, estava vendo o cabeleireiro alegre fazer escova no cabelo de uma moça... e comecei a ouvir o que estavam falando... estavam falando sobre as ultimas novidades do “caso Bruno”.. o goleiro do flamengo né?! ou será fluminense... fluminense tem um time??? ahh enfim ... o cara aí que matou a amante... que era goleiro..
e aí os dois estavam empolgadíssimos... [ele mais... obviamente.. (hehe)] comentando sobre o caso..

e aí... comecei minhas viagens...

porque todo assunto que está em voga é chamado de caso?! tem alguma ligação com a lei? “caso Isabella” ... (porra não lembro o nome da menina lá que matou os pais... tá fiquei sem lembrar fui pedir socorro a um amigo... nem o google tava me ajudando... hehe) “caso von Richtofen”, “ caso menino do cinto de segurança..”

na minha cabeça, definição de caso é algo passageiro... mas esse tipo de notícia tá virando BEM comum, deveríamos mudar o nome para “Serial”..

olha que legal que ficaria... “serial dos goleiros” “serial das adolescentes assassinas” poh.. “serial das promotoras espancadoras” ia ser mais divertido...
enfim..

e aí que fiquei pensando também a na importância que a mídia tem nas conversas informais... aqui nessa “cidade maravilhosa”... que não é o rio de janeiro... mas tem água de janeiro à janeiro... o início de papo mais comum é sobre o tempo..

aqui em Curitiba ... (pelo menos com as pessoas que converso...) se o início da conversa é esse: “SERÁ QUE CHOVE HOJE?!!” .... NÃO LEVE COMO UMA CANTADA... é porque realmente não sabemos se vai chover... eu assisto todas as manhãs a previsão do tempo do jornal...(quando to acordada as 6:30 da manha obviamente...) MAS ADIVINHA? eles sempre erram... o simepar sempre erra... foi mal, mas essa é a triste realidade de Curitiba, você tem que sair com guarda-chuva, blusa, desodorante, e algo mais que eu to esquecendo... ahaha, porque eu como uma boa pessoa que acredita que o dia vai conspirar ao meu favor, esqueço sempre tudo isso, e torço pra que o dia seja como eu esperei e fui vestida, é... NUNCA EU ACERTO... nasci aqui... e continuo errando. mas enfim..

e aii eu lá no salão... ahhh acharam que eu esqueci onde eu tava né!? peguei vocês! ehehe

e os dois conversando... e eu lá pensando... caramba ... como a mídia tem um papel importante na vida desses míseros habitantes terrestres que somos nós... torna nós mais sociáveis... bom... pode ser que não torne mais sociável... mas faz com que tentemos ser mais sociáveis... o que é muito engraçado na minha opinião...

não conversamos porque estamos sozinhos... meu fone de ouvido não me deixa sozinha ( tá ele estragou agora..), MAS meus pensamentos não me deixam sozinha... queremos vender uma boa imagem pro outro... é sempre uma questão de conquista... não que queiramos levar tal pessoa que nunca vimos na vida pra cama.. mas sim queremos parecer sociáveis...

foda-se a boa imagem... não ...tá...estou só brincando... infelizmente SABEMOS que o que fica sempre é a primeira impressão.. (bom na maioria das vezes é... VIVAM AS EXCEÇÕES..para as regras comuns =D )

mas tudo se resume na dança do acasalamento.. dos golfinhos da pérsia...

é tudo sedução!

seduza você também!





R.k.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Last chance Harvey - Tinha que ser Você

com duas atuações perfeitas merecedoras e ganhadoras do Oscar... Dustin Hoffman e Emma Thompson mostram que sempre há a chance de renovar a vida.

tenho costume de escrever e apagar o que escrevo... comecei a descrever o filme e vi que o primeiro ponto que coloquei para caracterizar o personagem do Dustin, é o momento que ele se encontrava.. em crise.. crise no emprego, com a família...

ai comecei a divagar sobre a famosa crise dos 40 anos (o personagem não tem 40 anos, ele é mais velho, mas fiquei pensando nos 40 anos) entra-se na fase dos “enta” não sai mais a não ser que cheguemos nos 100 anos, 102... enfim.. (o que não duvido mais)... pois é... mas quais serão os sentimentos que fazem entrar nessa crise?

bom não sou psicóloga, nem especialista em comportamento humano... mas pelo que tenho visto todos temos medo da solidão...

um dia um bom amigo..me perguntou se eu tinha medo de ficar sozinha, disse que não. pois eu estava sozinha, estava bem. mas e se bem não fosse o suficiente.. (acho que essa é a fala de algum filme.. mas definitivamente não me lembrarei qual..)
enfim...

me pego pensando em como é a vida isoladamente... tá todo mundo sabe que não podemos viver sozinhos, que não somos uma ilha e blá blá blá.. mas será que no meio de toda essa convivência com os seres mais diversos que estão em nossas vidas não criamos laços que jamais gostaríamos que fossem desfeitos?

bom, tenho amigos, conto em uma mão quais são ( minha mão pode ter 7 dedos? ahaha é só pra caber numa... enfim..) mas no máximo estão em duas mãos... a profundidade dos relacionamentos afetivos, na minha concepção, não se mede com o tempo e sim com a intensidade.. tenho um amigo cabeludo, que conheci na faculdade... mas que parece me conhecer desde criança... faz tempo que não falo com ele.. e fiquei aqui pensando quais eram as formas que me ligavam às pessoas que gosto..

email, twitter, mensagens de celular, Orkut, MSN, telefone... mas em dois anos? eu fui somente uma vez em sua casa ( e foi numa festa ) e ele nunca veio aqui...

engraçado né, talvez porque nos vemos todos os dias. mas e depois?

faz sentido cada dia mais o nível de depressão no mundo subir, mais pessoas se sentirem só mais pessoas se matarem... não estou sendo catastrófica não... nem tenho tendência a suicídio... mas fico aqui pensando no meu ensino médio... (em 3 anos... 6 ou 7 alunos se mataram...)e aí? como fica?

quando se pergunta à alguém... “você tem medo da morte?” a maioria das pessoas dizem sim... não sei é pela “angústia”de não saber para onde “vão” ( se é pro céu, pro inferno, pro limbo, se existem outras vidas... e blá blá blá...) é o medo da solidão que bate...

“pohh... tenho medo da morte sim, vou ficar sozinha... ele morre e eu fico aqui viva mas sozinha...” será que não é isso que as pessoas pensam e sentem?

bom... no auge da minha juventude, continuo não tendo medo da morte... acho que isso é do meu espírito... mas medo da solidão... não sei se tenho...

medo da decepção... uma das falas da personagem interpretada pela Emma, é mais ou menos assim...

“ é que sempre estou esperando que me decepcionem, e você tá tirando isso de mim, por isso talvez eu esteja furiosa...”

é.. sempre teremos algum medo... medo de morrer, medo de que outros morram, medo da solidão, medo da aproximação... enfim... zilhões de tipos de medos podemos ter...

mas com a minha curta experiência de vida... sei que vale a pena arriscar...
viver na infelicidade do “ se ” da hipótese... deve ser amargurante... então..


CARPE DIEM!


ah, e com relação ao filme? tinha que ser você... simplesmente é isso...a vida pode acontecer quando se menos espera e imagina...



R.K.

TUDO NUMA COISA SÓ!

uma música , de uma banda , uma espécie de trupe, que me foi apresentada em São Paulo, fez eu pensar porque “compartimentalizar” a vida? colocar tudo em potinhos? um potinho para as emoções... um potinho para a razão.. um potinho para o passado.. um potinho para os sonhos.. um potinho para os doces.. um potinho para as amarguras... um potinho para as pessoas que amamos... um potinho para os gostos.. um potinho para os desgostos...

nessa hora... me perguntei... PORQUE QUE TUDO NÃO SE JUNTA NUMA COISA SÓ?!
por isso... aqui... neste blog... colocarei o que me convém... não colocarei somente o que escrevo, pensando no que vejo, no que vivo, no que vejo os outros vivendo...
COLOCAREI TUDO AQUI...

meus pensamentos, minhas cartas que jamais enviarei.. minhas críticas sobre o mundo... tudo o que me der na telha...

posso não ter um público fiel... posso não ter ninguém se quer que leia... mas enfim... escrevo para mim... se você ler e gostar... espero que meus textos acrescentem algo à sua vida...

não haverão sequências lógicas... minha cabeça não segue muito a lógica... nem uma linearidade... milhões de pensamentos vem a todo instante...

OUT OF TIME... será .... um refúgio... fora do tempo do mundo... e dentro do tempo da minha cabeça!

espero que não pareça confuso...

mas vamos lá...

enjoy my little World... my head!



i'm free now! free to do what show inside my head! i hope that you enjoy the shoW!

:)
23:23

R.K.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

teresinha III

uma foto resume qual é o final da história...
ela não colocou um ponto final em sua vida, mas se livrou de todo o seu passado.
e agora queria ser feliz.



(última estrofe... por opção)

R.K.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Teresinha II

o conheceu num meio de transporte diário, às 7:10 da manhã, com cara de cansada, mas empolgada pela nova vida. ele a fitou, sua calça era apertada, com uma amarra na cintura, e uma blusinha roxa, trocaram olhares, sabiam que se veriam por aí... estavam na mesma sala.. ela com o fim do relacionamento estava solteira e pretendia permanecer assim. cortou os cabelos, na altura do fim da orelha e ele se aproximou.

marcaram de se encontrar num bar, ela não sabia das intenções dele, ele não sabia que se apaixonaria. beberam, falaram o que pensavam, se beijaram. ela não se arrependeu, ele ficou com medo. uma volta no bairro para devolver uns dvd’s, e na decida ela perguntou: “sou uma aventura para você?” ela queria um posicionamento do cara que tanto se dizia maduro e experiente. ele respondeu com uma música. foram assim ficando, ele sem se entregar, desconfiando de tudo o que viviam, e ela com uma vivacidade e espontaneidade que o colocava contra a parede. sempre saiam, ele sempre com o mesmo objetivo, e ela gostando dele cedeu. ao darem as mãos pela primeira vez, todos se espantaram “olha só! eles estão juntos...”

musicas melancólicas os envolviam, sambas tristes, sambas de fim de romance, mas estavam juntos, nas rodas de músicas, ele a seduzia com seu jeito de malandro e com cara de despreocupação com a vida. dois acordes e ela descobria o nome da música, “luz dos olhos”.

tudo parecia perfeito, até que o ciúme dele a deixava maluca, não havia motivos, ele fazia com que ela se sentisse mal, a provocava de todas as maneiras possíveis. e ela permanecia ao lado dele, resignada e passiva. eles brigavam, ela chorava, ele machucava o coração dela, e depois a pedia perdão, ela cedia.
acordava cedo, 6:00 para ver ele no domingo, único dia em que podiam ficar juntos sem se preocupar com as horas, mesmo com o convívio diário queriam se ver. enfim, lá ia ela, andando por um caminho com arvores, arvores que lhe davam medo, por isso passava correndo, mas chegava bem a casa dele. o coração palpitando de alegria, e ele a recepcionava com a cara de sono característica e o mal humor da noite mal dormida. mas lá estava ela. ele estava comprando um lugar para ele, inserindo ela em seus planos, ela escolheu o numero do apartamento, mas ele já escolhera como seria o futuro dela, sem a perguntar como ela gostaria.

passou o tempo, pessoas novas que conhecia, trabalho novo ela estava se vendo diferente, cortou ainda mais os cabelos. quando ela já não estava mais tão envolvida por tanto ser magoada ele se entregou, ele comprou alianças. estavam perto do fim, isso também coincidiu com a época do fim do ano. presentes trocados, ela não usava a aliança, um livro sem dedicatória, foi motivo para mais uma briga.

tudo era motivo para uma briga, ele falava, falava, falava, e ela sempre em silêncio, sabia que não merecia escutar o que escutava, lágrimas ainda rolavam de seu rosto quando decidiu que não agüentaria mais aquele sofrimento.

se desvencilhou, meio que fugiu, não queria ver. sabia que ele agora choraria, não queria ver pois sabia que não queria mais nada.

uma história que saíra da cabeça dele, junções de conversas antigas, fizeram ele crer que ela o traía com seu amigo. se era a forma dele de a trazer para perto, foi a maneira mais errada, ficou com um tremendo ódio, raiva, ela jamais dera motivo pra ele desconfiar dela.. foi o estopim, tudo o que não falara em 7 meses falou em uma manhã inteira, era um misto de raiva com indignação mas respeito pelo que viveram juntos. o que ambos enfrentaram para tentar serem felizes juntos era pra se valorizar. mas não era maior do que estava engasgado em sua garganta... estava decidida a não voltar atrás..

nem com caminhos de pétalas de rosas ela voltou atrás. queria algo diferente, algo que a fizesse querer ser mais, e não que a diminuísse. foram felizes por algum tempo, ela enquanto sofria e ele quando ela já não mais queria estar junto. ela queria o perfume das rosas... e não tapetes das mesmas.... foi em busca das mais belas flores. ... não olhou para trás... tinha as muitas certezas em seu coração de 17.



“me encontrou tão desarmada que arranhou meu coração
mas não me entregava nada, e, assustada, eu disse não!”



Teresinha (estrofe dois) - Chico Buarque


R.K.

Teresinha I

ela era nova, não tinha muita experiência na vida, o conheceu num corredor que passara muitas vezes, corredor que quebrou o pé um antes de o conhecer. ele com cara de inocente e ingênuo a atraiu, era baixinho, com os braços fortes e o cabelo enrolado conheceu a garota de nome diferente que não lembrava, não havia entendido, porque ela sempre falou muito rápido, mas não perguntou pela 4ª vez qual era o nome dela, deixou quieto, não queria passar vergonha na frente dela e de seu amigo. passou um tempo... se encontraram numa escada, um beijo trocado, e ela sumiu, sumiu pra nunca mais aparecer, não era pra ela... não dariam certo, foi o que pensou...

anos se passaram e quando já se preparava pra ingressar na vida adulta, ainda menor de idade, ela o viu novamente... reconheceu, falou com ele... mas ele estava diferente, parecia um pouco mais homem... mais maduro, voltaram a se falar. ela numa cidade e ele em outra, viagem temporária, coisa de duas semanas, ela com um mp3 que repetia sempre as mesmas musicas... meio melancólicas e depressivas, mas românticas...esperava aos 16 encontrar seu grande amor... não se preocupava com idade, buscava a felicidade e ele nem pensava direito sobre a vida.

se encontraram, saíram, passearam, e na primeira vez em que veio em sua casa, estavam juntos, o beijo de reencontro foi o primeiro beijo como namorados. tratava-a como rainha, era a principal preocupação dele todos os dias, a cobria de carinho, de mimos, mal tocava a sirene e ele já estava prontamente em sua porta para passar 20 minutos juntos. passaram momentos maravilhosos, ele aprendeu muito com ela, ela ensinou muito, muito não, ensinou o que sabia.

sonhavam muito. ela sonhava mas não tinha muita paciência pois ele sonhava demais e não buscava meios de concretizar o que estavam sonhando juntos... ela o puxou pra realidade, de forma “carinhosa” fez ele chorar. a aliança, sempre esquecia no box, não era de propósito, mas de certa forma eles não se completavam mais... Foram felizes, por ele mais tempo... por ela... o suficiente... ela queria ver o mar... e foi.. não olhou para trás, pois não gostava de despedidas..



“me encontrou tão desarmada que tocou meu coração...
mas não me negava nada, e, assustada, eu disse não!”



Teresinha (estrofe um) - Chico Buarque

R.K.

domingo, 9 de maio de 2010

Leoa e uma pedra Rubra

Ela era criança e quando tinha tempo, ela pegava sua boneca de pano e brincava de ser mãe, mas ao mesmo tempo achava que não teria filhos, porque não sabia se encontraria uma pessoa legal para ser pai de seus 12 filhos. Era isso que sonhava e desejava: ser mãe. Mesmo cuidando de dois irmãos, a diferença entre ela e os dois era mais ou menos de dez anos, ela gostava de crianças, mas essas não eram as suas crianças, e assim foi levando a vida, dava leite normal para eles, só para ter o prazer de comer leite ninho direto da lata, de colher. Imaginava uma vida totalmente diferente do que levava, imaginava como seria quando se casasse quanto tivesse seus filhos e só queria que o tempo passasse logo. Ficou mais velha, e em volta dela, sempre havia uma grande variação de pessoas com idades muito diferentes umas das outras, aprendeu das formas mais dolorosas que não se pode confiar em todos.

Mas certo dia, voltando para a casa que não a fazia se sentir pertencente daquele lugar, encontrou um cara que lhe pareceu o homem perfeito, estava ele concentrado em uma musica, na época, não haviam mp3 e i’pod, foi atrás dele como se o perdesse, perderia o grande amor de sua vida. Mas essa história não é para contar isso. Casaram-se, e após alguns meses uma mancha em formato de lua vermelha apareceu em seu rosto, sabia que seu desejo havia se ternado realidade. Sentiu logo no início que era uma menina, que carregaria em seu ventre. Pensou em vários nomes, mas em nenhum momento pensou em nomes masculinos, pois tinha a certeza absoluta de que seria uma garotinha peralta e ativa.

Emanuele, Marcela - por causa de um nome masculino de um filme religioso - Ruth, Raquel, Rafaela, Rubia, Rubiana, RUBIANE! É esse o nome! Foi o que pensou, foi o que sentiu e foi o que decidiu. As adversidades foram aparecendo, nem tudo estava sendo um mar de rosas, problemas na família, ela com irmãos problemáticos, encrenqueiros e endividados. Tudo o que a mais nova família não precisava. Passaram-se os meses, os pesados nove meses, uma melancia embaixo de um braço e a barriga gigantesca à sua frente, livros de chamada, letras de alfabetos gigantes para alfabetização na sacola. Mal sabia que em poucos instantes estaria ela com um bebê de 50 centímetros em seus braços, grande quando bebê, mas que ao ficar adulta não passaria de 1,62 de altura. Chegou a casa depois de mais um dia cheia de cansaço, foi tomar banho, banho quente – como sempre gostou – talvez a pequena não gostasse muito, era época de verão e já era quente onde estava, mas mesmo não gostando do excesso do calor, quis ficar mais uns dias no aconchegante pedaço de espaço que lhe foi concedido.

Ao invés do dia 29 do mês chuvoso que teoricamente deveria ser quente, quis o dia 31, o ultimo dia do mês, só para fechar com chave de ouro o primeiro mês do ano, dia 29 já era uma data importante para o avô da pequena que jamais chegou a conhecer fisicamente (uma fatalidade, pois os dois seriam unha e carne, sentia a pequena, que ele sempre estaria por perto, e que mesmo não estando juntos nessa vida, eles haviam brincado muito juntos em algum momento da longa linha de tempo).

Era um dia ensolarado, uma vontade incessante de fazer xixi, bateu na mãe de primeira viagem, a qual, foi delicadamente ao banheiro e começou a preparar um lindo café da manhã, comeu tudo que teve direito, pão com geléia, pão com requeijão e presunto, café e suco de uma fruta da época. Após esse café digno de rainha, começaram as dores, as dores que não tinha a mínima idéia de como eram. Era indescritível, pegou um táxi e rapidamente foi ao hospital, o médico japonesinho que acompanhou todo o pré-natal foi chamado às pressas e foi acompanhando a evolução da dilatação. Estava tudo pronto para o parto normal, mas por uma complicação não pode ser feito. Cesariana, a mesma maneira de como o imperador Julio César veio ao mundo, a cirurgia havia sido um completo sucesso. A mãe ainda meio zonza por causa da anestesia segurou em seus braços a exemplificação do mais puro amor, o amor entre mãe e filha.

Cabeluda, cabelos negros arrepiados e briguenta, queria o que queria e sabia o que queria, mas a para agradá-la era só brincar, só a fazer rir e dar atenção. Colocaram uma pulseirinha branca no braço das duas, não havia mais um cordão que as ligava, mas era algo maior que até hoje é difícil fazer com as duas expliquem. Elas não sabem, só sabem que é assim.

O tempo foi passando, o cabelo arrepiado tomou forma de Chanel, o cabelo loiro da mãe permaneceu o mesmo. A menina ficava na cadeirinha de mesa enquanto a mãe preparava o almoço de sábado - um dos poucos dias que podia ter livre para curtir a menininha engraçada com óculos de fundo de garrafa, que colocava para brincar – a mãe lhe servia bolachas água e sal, mas nunca entendia como a menina comia tão rapidamente a bolacha, flagrou-a ela dava todas as bolachas para o gato da vizinha, o qual adora a menina, afinal ela dava comida para ele. A cadeirinha teve que ser mudada de local, se não, teriam que adotar um gato.

Disse na escola que os pais bebiam, mas era tudo uma brincadeira entre os dois, que sua pequenina cabecinha em formação não conseguira entender. Disse que queria ser cadeirante, pois estava cansada após andar o dia inteiro acompanhando a mãe que necessitava pagar todas as contas e fazer as compras do mês, a mãe ficou irritada, indignada como a filha que havia visto uma pessoa usando uma cadeira de rodas queria também usar... Seria ela ingrata pela possibilidade de andar? Depois se deu conta de que a menina só estava morta de cansada.
Quebrou uma vez o braço, outra vez, e outra vez simultaneamente, criou a habilidade em jogar salgadinhos para cima e catá-los com a boca, coisa que não o faz mais hoje.

Foi criando uma independência, suas atitudes era firmes e decididas, a mãe analisava a filha, corrigia, da maneira como achava correta, o pai estava junto com a mãe.
Ela era espoleta, não parava quieta, não era muito obediente, mas sempre vinha com um sorriso que desarmava qualquer forma de briga. Apanhou pouco, a mãe e o pai ficaram por anos se perguntado se os erros que a filha cometeu não poderiam ter sido prevenidos com uma boa surra na infância, Içami Tiba não concordaria, ele diria que os pais devem educar como seus corações mandam. A mesma família que atrapalhou muitas vezes ajudou algumas. Nem sempre os dois podiam estar com a pequenina e assim ficava com a parte matriarcal da família. A casa de 49 metros quadrados abrigou muitas pessoas ao mesmo tempo, ninguém sabia ao certo como conseguiam todos morar lá. Assim foram levando a vida, uns dando opiniões demais, e a mãe sempre com o coração aflito, por causa da incerteza na criação da única filha. Continuou seus estudos e foi tentar cada vez mais uma vida melhor para dar mais condições da filha poder se desenvolver, São Paulo, Diadema, Palmas, cada lugar ela renova a esperança em conseguir algo melhor.

Com a força de uma leoa, animal que carrega no nome, ela superou as adversidades, a falta de saúde, a desgastante forma em que estava querendo levar a vida e a saudade da filha, do marido e da casa que tanto trabalhava para pagar. Teve de voltar para a cidade gelada, largou a cidade da garoa para poder cuidar da filha. Reconstruiu novamente sua vida, assim como já havia feito centenas de vezes, e mais uma vez, assumiu sua mais linda característica e valor, a humildade de ter força para se reerguer. E até hoje dá milhões de exemplos de resignação para a filha.

A filha só queria dizer do fundo do coração à sua mãe: PERDÃO. Perdão minha mãe por não ter sido a filha perfeita, que só tirava notas altas na escola, que só vinha com bons elogios das professoras e que nunca brigava com os meninos da sala de aula. Perdão pelas vezes que faltei com amor, compreensão e carinho. Perdão por ser turrona e não aceitar tão facilmente as coisas, por querer quebrar a cara ao não te ouvir. Perdão pelas guerras mundiais que tivemos, pelas coisas horrorosas que eu disse. Perdão por ter parado de te chamar de mãe. Perdão minha mãe pelo meu vício. Perdão por ainda não te escutar. Perdão... Perdão... Perdão... Milhões de vezes: Perdão

Agora mais velha, te compreendo, não todas as coisas, grande parte, seja pelas conversas que tivemos no carro, seja pelas revelações que você me fez com certa vergonha, mas que me fizeram processar melhor na minha cabeça.

Só queria que soubesse que nesse dia das mães em que te vi chorar, pude dizer em poucas palavras o quanto te amo, e como quero levar a vida com você. Sem reprises do passado infeliz de nossas ancestrais, e sem a possibilidade de melhora no futuro, quero mudar as coisas com você AGORA. Quebrar a corrente de maus costumes entre mães e filhas na família. Não somos iguais a ninguém. Somos FOGO e TERRA, o fogo, só se mantém, sob a terra. Nossa ligação é forte e indestrutível.

Quero te agradecer, primeiramente por ter me aceito como sua filha, ter me dado a luz, ter me ensinado as coisas mais belas da vida, ter me corrigido, ter dado as melhores oportunidades que uma mãe pode dar à uma filha.

Serei eternamente grata a você... Estarei sempre junto de ti, ao teu lado, dando apoio e me esforçando ao máximo para melhorar cada dia, espero que você queira contar comigo, SEMPRE, meu colo sempre estará disposto para te acolher, e mesmo eu sendo grande também preciso ter alguém para correr, quero que esse alguém seja você. Três páginas e meia, não são suficientes para contar tudo o que passamos como mãe e filha. Mas posso resumir tudo isso em três palavras...

EU TE AMO!




R.K.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

AUTO RETRATO - Je ne suis pas

La liste

Aller à um concert
Boire de La Vodka
Repeindre ma chambre en vert
Fumer beaoucop trop
Te faire mourir de rire
Et c’est La list de chose que jê veux faire avec toi!


Sabe aquela garota que sonhava excessivamente e não deixava de fazer planos sempre a dois? Perdeu sua vez. As roupas dele não serviam mais para sua grandeza, não estava gorda e SM sua alma já não comportava mais seu corpo. Não era ambição, nem seu ego que havia crescido e florescido e sim seu conhecimento de si mesma. Estranho não é?! Ela também achava estranhas todas as mudanças que estavam acontecendo nela e ao seu redor. Antes, pensava ela no casamento, na alegria e ele no feriado e no futebol.

Talvez por influencia da profissão seus desejos mudaram, não podia se conformar com a pequenez do que vivia. Seu cabelo longo, na altura dos ombros, cortou, mas ainda os achava compridos. Estava renascendo e não se contentaria com pouco, não que ele fosse pouco para ela, mas a idéia de se manter intacta não lhe agradava. Mudou seu perfume, cansou-se do cheiro das Rosas e foi para o Antúlio.

Ele calçou os sapatos dela, e colocou seu chalé em volta do pescoço para sentir o novo perfume, os sapatos não entraram, mas quando encolheu seus pés entrou sentiu e percebeu que os pés dela eram calejados, tanto quanto os dele.

Não era mais tempo de perceber que ela também sofria, enquanto isso ela se arrumava e tentava de alguma forma secar os curtos, longos cabelos.
As músicas já eram destoantes, ela na quarta feira de cinzas e ele no ano novo.

Mudanças para ambos os lados, mudanças diferentes, críticas, crises e distanciamento. ele por arrependimento e ela por redenção. Ela falava com os olhos e ele com palavras diretas que eram como farpas. Ela com óculos escuros da moda e ele com os olhos ultra lubrificados.


Je ne suis bonne qu’à ça?


Qual é a graça? Qual foi a graça?

Ela foi feliz mesmo que por pequenos instantes, ele foi feliz quando se entregou.

Pegou seu guarda-chuva transparente e como a chuva que caía, que por vezes parecia cair em sua cabeça, conseguiu ver claramente, era um dilúvio em sua mente. Problemas acumulados foram lavados e levados, as coisas pareciam estar se desintegrando, mas após a tempestade bem a bonança - foi o que pensou e disse – sua vida estava voltando ao normal, mas seu normal agora era diferente. Era uma nova mulher, cabelos negros como a noite para mostrar a mudança que sofrera. Agora mais tranqüila e sem algo que a prendesse, sentia-se assim.
Estava longe, mas muitos sempre lhe diziam que o longe não existia e que era uma desculpa, para manter-se alheia. Podia até ser.
Mas o que teve de certeza no fim foi que apesar das adversidades foi feliz, amou, conquistou. E o que pode se dizer, que aprendeu, em não se preocupar com o que lhe diziam, mas sim com o que o seu coração desgastado e nobre a mostrava.

Agora usa vermelho nos lábios. Voltou-se para seus desejos e assim inicia-se outra história. Uma página virada? Quem sabe? Apagou tudo o que vivera? Com certeza não. Estava em outro momento. Simples assim.


“Eu sei que um dia iremos nos encontrar
Não sei quando nem aonde,
O que sei é que não faz sentido
Deus ter nos feito assim, nos aproximado,
Ter surgido essa amizade, ter sentido seu carinho, e depois de tudo...
Mudar nosso rumo, cada um em seu caminho
Cada um em seu mundo
(...)
Em algum lugar eu sei que hei de te encontrar...”


sentido a vida nunca terá, sobra somente a vida...


segunda-feira, 5 de abril de 2010

um vício sagrado

Mais um furto havia sido completado com êxito. O que furtava era de extrema importância para ela. Era só no mundo, não roubava para sustentar seus filhos, pois não os tinha. Recriminava qualquer tipo de violência. Em seus atos era cordial e delicada. Pedia com certa educação mas não era boba. Não tinha medo de ser reconhecida e então agia sem nenhuma forma de proteção à sua identidade. Suas ações eram em localidades diferentes da cidade, por algumas noites estava no santa cândida, outras no pinheirinho, diversificava o local, a hora e assim nunca foi pega. Quem era furtada ficava tentando entender a maneira da abordagem e o porquê do objeto do furto. Chegava conversando e não as assustava. Logo após o roubo entregava um par de sacolas. Ela se importava com suas vítimas. Assumia uma personalidade que não era sua, nos roubos era comunicativa, brincalhona e divertida, mas em seu trabalho como digitadora era fechada, poucas vezes almoçou com os colegas de trabalho, e quando cumpria seu horário de trabalho se transformava na adorável assaltante de sapatos.

Ela usava sapatos, não andava descalça, roubava sapatos. Mas não era cleptomaníaca, roubava sapatos usados. Sapatos dos pés das mulheres. Quando a conheci mais e quando conheci sua casa, pude entender a complexidade daquela simples mulher que tinha um hábito nada comum.

O portão de madeira foi aberto por ela como quem abre o coração para alguém que se identifica. Pediu que eu tirasse os sapatos para entra em sua casa, era uma espécie de terreno santo, tirei-os, mas sem medo de que ela ficasse com os meus sapatos. A sala era simples, tinha um sofá para uma pessoa somente, uma pequena mesa circular com um paninho de renda em baixo de um rádio velho, mas que funcionava - e que fez questão de me mostrar que funcionava. Quando me ofereceu algo para beber, pedi água da torneira, me trouxe em um copo de requeijão com desenhos da turma da Mônica, o que me fez lembrar minha infância e a casa de minha avó. Bebi a água e mais que depressa me apresentou o resto da casa, uma cozinha pequena com uma infiltração na parede por causa do antigo morador que havia tentado bancar o encanador e estragou a parede, mas me disse que na próxima semana um encanador de verdade concertaria a geladeira em ótimo de estado de conservação, uma mesa embutida na parede, com duas banquetas armários na direção da mesa e um fogão ao lado da pia. Mostrou-me o banheiro de azulejos amarelos e privada verde, ela riu porque sempre achou graça em seu banheiro, nunca gostou de futebol, mas me disse que sempre que entrava no banheiro pensava na seleção brasileira. Ao lado do banheiro um quarto branco com um armário daquela madeira clara, amarela, cujo nome não me recordo, sua cama de solteira arrumada com três travesseiros de fronhas coloridas. A cortina era vermelha a janela tinha vista para um prédio e se olhasse reto via o muro de sua casa. E na parede uma paisagem impressa que imitava uma pintura.

E finalmente me conduziu para seu relicário em tamanho de quarto. Antes de entrar, ela me disse que eu era a primeira pessoa em que ela mostrava seus objetos mais adorados. Tirou a corrente que envolvia a maçaneta da porta com um puxador pregado na parede, acendeu a luz e vi várias prateleiras de cheias de sapatos, coloridos, pretos, brancos, marrons, de muitas cores. Sapatos de saltos, sapatos baixos, sapatos fechados, abertos, com saltos diferentes e estilos únicos. Não tinha um par se que parecido com o outro. Todos eram únicos. Eu contemplando o templo reparei em um sofá lindo, de estampa amarela parecida com as cortinas européias do século XIV.

A luz do quarto era suave, parecia um museu, que necessitava dos mais diversos cuidados para a conservação de cada exemplar único. Ao lado do sofá atrás da porta ficava um armário, com panos, um pequeno balde e um produto de limpeza para a manutenção de seus bens mais preciosos. Pediu que eu me sentasse e admirasse a visão esplêndida que tinha todo dia às 21 horas, quando chegava da rua com um sapato roubado, ou não.

Fiquei alguns minutos admirada, me levantei e pedi que sentasse em seu lugar cativo, sua poltrona barroca. Sentei-me no chão e vi seus olhos brilharem como se fosse de uma criança em frente a uma loja de doces. Levantou-se rapidamente e pegou um par de sapatos do alto de uma prateleira e acariciando-o me contou que este havia sido seu primeiro sapato roubado. Perguntei se ela usava-os, hesitou e respondeu firme, “não jamais os usei, são meus tesouros”. Quis saber se ela guardava seus sapatos junto com os roubados, fez sinal negativo com a cabeça e disse que os sapatos dela ela sabia o significado e a importância, e os sapatos do quarto eram sagrados.
Disse-me que sabia a data e o local décor de cada roubo de sapatos. Fiquei em silêncio, esperando que ela iniciasse sua confissão. Disse-me que cada sapato fazia-a ter várias vidas, ela imaginava cada detalhe do porque determinada mulher comprou aquele sapato, ou se ganhou, em que fase da vida ela se encontrava, quanto pagou ou se dividiu em parcelas. Detalhes pequenos. Mas o que realmente importava era por onde aqueles sapatos passaram? Onde os pés daquelas donas os levaram? Será que os castigaram? Será que foram castigadas pela falta de conforto inicial que alguns sapatos provocam? Será que elas os tinham por muito tempo? Será que eram os prediletos? Será que... Será que... Será que...

Cada passo que eles foram levados a dar era imaginado com muitos detalhes e grande precisão. Fiquei mais umas horas em sua casa a escutando e presenciando uma paixão não ortodoxa, um sentimento de carinho e afeto por cada par, e pude perceber que aquela mulher tinha mais histórias pra contar do que minha bisavó. Era seu vício, sua abstração do mundo.

Coloquei-me no lugar das mulheres furtadas, ri bastante, pois nunca iriam se esquecer do roubo, seja pela maneira gentil da simples e reservada digitadora, seja pela falta que aqueles confortáveis sapatos as fazem, seja pelo inesperado objeto de roubo. Acho que depois do roubo começaram a dar valor aos sapatos - mesmo com sacolas nos pés para os protegerem, ato zeloso de nossa diferente ladra para com as vítimas.

Pés. Coisas tão importantes em nossa vida que não nos damos conta da necessidade deles, metaforicamente, sem eles não poderiam correr atrás de nossos sonhos, andar em nuvens, pular amarelinha, e entre outras coisas.

Sapatos. Tão importante para quem não os tem, coisa que as vítimas sentiram, são protetores contra o frio e das milhares poças do centro de Curitiba.


domingo, 4 de abril de 2010

mudanças!



quem me conhece sabe que tenho algumas necessidades em mudança de visual, cabelo, cor do cabelo... mas nada muito radical... creio que mudanças radicais nos descaracterizam, vocÊ vira um camaleão e ninguém sabe ao certo te identificar... (não tenho problema algum com as mudanças dos outros.. até acho divertido...)
algumas mudanças são necessárias na nossa vida...
esse blog teve como ideia inicial colocar meus textos sobre coisas interessantes que vi. mas agora quero diversificar.. quero colocar meus contos... resultado das experiências que vivi, coisas que escutei, imaginei, e presenciei. então sendo assim, fiquem a vontade para ler, comentar e expressar suas opiniões..
R.k.

segunda-feira, 1 de março de 2010

traição...e a burrice..



testes feitos em Londres, mediram o coeficiente de inteligência de adolescentes e homens para ver a ligação da fidelidade com a evolução da espécie..
eu não sei se Darwin entrou pânico ao ouvir essa notícia ou se riu bastante... mas que é hilário, é!

bom se a amante for uma filha da mãe e mesmo assim o cara continuar com ela e a esposa, a amante arrancar muito dinheiro, muiiita coisa do cara... e ele só ficar com ela por causa do sexo realmente ... manter duas mulheres, cartões de crédito, pode ser considerado fator de burrice!

os cornos ou as cornas que falem por si... deve ser gratificante ver a pessoa que você amava, se dando mal por que te traiu, não por você ter feito alguma coisa, como vingança, crime passional, nada dissoo!!! (sou a favor da paz...)mas sabe o ciclo da vida... tudo que vai volta? garanto que mesmo que seja dito no final " desejo tudo de bom pra você.. que você fique com a amante... e sejam felizes.." no fundo quem já disse isso deve sentir tudo ao contrário no mais intimo âmago...

só pra esclarecer... até onde eu sei nunca fui traída... mas como o corno é sempre o ultimo a saber... nunca ninguém terá a plena certeza de que seu parceiro ou ex era fiel.

sua testa ficou coçando?
éé... cuidado ao passar pela porta...


R.k.


fuck time!



já teve a sensação de que cada dia passa mais rápido? de cada dia você tem perdido o controle do tempo? não é só por causa do horário de verão, mas também por que tudo tem andado e corrido numa determinada velocidade assustadora... não sei se é nosso cérebro que não se atenta as pequenas coisas, e que fica desconexo e "perdido".. mas creio que desde o momento em que nos levantamos estamos submetidos, a tantas informações, propagandas, mensagens, ideias, que fazem com que não saibamos ao certo quando vimos tal coisa, quais eram os detalhes da roupa que seu amigo estava usando..(tá tá certo, isso não vai influenciar TANTO assim na minha vida, mas é interessante as pessoas se sentirem percebidas)

mas a questão é que não estamos mas tão ligados assim como gostaríamos de estar. existem algumas teorias que comprovam que o tempo de que o ser humano consegue dispor de atenção está diminuindo. o que fazer? remédios para memória, ginseng, catuaba, e sei lá mais o que... bom talvez a célula tronco também, serão objetos de alto nível de troca... tudo para ‘aproveitarmos o pouco que nos resta”... o que fizemos com nosso cérebro, com nosso corpo? há reversão? responda quem puder ou quiser.

mas voltando ao tempo...seria uma solução ir contra Às tecnologias? querer viver numa aldeia onde não haja luz elétrica? computador? televisão? geladeira? (a falta dessa ultima me faria mais falta) é uma solução mas, extrimista e radical demais. a questão é saber ponderar. saber colocar limites, em nossas atitudes, nas formas de pensar e agir... mas como iremos pensa diferente em uma sociedade que nos empurra o consumo até no sonho, até por influência do sub consciente? é necesário que as pessoas se engajem, não estou dizendo para mudarem de religião, de radias mudanças de vida, mudar de país, só é necessário todos botarem a cabeça para funcionar e assim viveremos melhor...

teremos memória, tempo, gosto pela vida e o mais importante GELADEIRA!




até o cachorro concorda comigo... ;)

R.k.

uma versão melhor da chapeuzinho



bom... a chapeuzinho tá evoluida, cresceu e pegou o lobo mau...
" eu sou o lobo bau au au au au... VOU TE PEGAAAAAAAAAAAAR, VOU TE PEGARRRR..." ahahahha
o carnaval, os desejos sexuais tresloucados por aí.. me assustam... mas ao mesmo tempo me fazem rir bastante!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

felizes para sempre???

trágicos fins para as princesas mais amadas...
um conto de fada pode não ser assim tão perfeito..
irmãos grimm escreviam para adultos, na realidade nem escreviam, eram contos, contados, passados em conversas...e nunca foram para crianças.. aí veio o wall disney e transformou tudo, com o objetivo de alienar e iludir menininhas indefesas a terem um sonho. (ahahha)



rapunzel trancafiada em uma torre gigante, joga suas tranças e o principe a salva da madrasta... mas e se ela tivesse câncer??



"-se ela for realmente uma princesa sentirá a ervinha por debaixo de vários colchões"

horas depois...

"-dormiu bem???"
"-não estou com dor nas costas, tinha uma ervilha no último colchão"

será que em um lixão ela sentiria os vermes por debaixo do colchão???




bom, essa chapeuzinho seria uma melhor sobremesa...



a obsessão pela beleza... bela nem era tão bela assim..e foi pra mesa de cirurgia...
será que o michael jackson via muito desenhos da disney???



talvez ele esteja um pouquinho velho... acho que ele não era o cara.. imagina se nós ficássemos em sono profundo até o "cara perfeito" nos encontrar??? (coloco entre aspas por que não acredito em perfeição)



talvez ela que faça a segurança do bin laden ou então seu pai o sultão perdeu tudo para os EUA e os poços de petróleo foram explodidos... e ela virou o capataz do deserto da árábia.



mas a melhor realmente é esta foto da branca de neve como uma esposa infeliz (ou pelo menos com essa cara de desgosto)

a felicidade é super-estimada... assim como as outras sensações que dizem que TEMOS que sentir. penso que são instantes, e se você estiver buscando por estado de felicidade permanente, vai ficar infeliz.. porque...não vai reparar nas pequenas coisas.

rosas, cavalo branco, uma mansão, uma bmw, são formas TOTALMENTE vazias da representação do ser amado.
a questão não é o príncipe dos sonhos mas sim.. alguém real.. com defeitos, com cicatrizes, com mágoas... com sonhos, com qualidades e com alegrias.

sorte que não existem os caras perfeitos e as garotas perfeitas...
IMAGINA O QUÃO MAIS CAÓTICO NÃO SERIA O MUNDO????


R.K.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

retratos da juventude

fotos de MARRIE BOT











ver velinhos nus não é erótico??
no caso das fotos de Marrie é sim!

quem ver estar fotos garanto que se imagina nesta idade, ou com uma idade um pouco mais avançada, tendo sua vida sexualmente ativa...mas não pelo sexo, mas sim pelo relacionamento que se está envolvido.
após uma certa idade você quer envelhecer ao lado de uma pessoa.
ambos se cuidando, ambos se amando, ambos se odiando, ambos se conectando.

retratar a fase mais complicada da vida humana É ARTE!
numa sociedade que vai desembocar num mar de idosos, não estamos nem um pouco preparados para daqui 40 anos.. a perspectiva de vida aumentou, as doenças tem cura (a grande maioria), vive-se mais... mas será que com mais qualidade?

a que preço estamos vivendo mais?
filhos passam o dia inteiro nas escolas, pais trabalham como loucos para manter o padrão de vida, e onde fica o amor?
será que só que quando nos aposentarmos vamos viver a vida?

já ouvi relatos de que pessoas estão em empregos estáveis pela garantia de uma boa aposentadoria, ou pela estabilidade. não ter medo de perder as coisas, é um pensamento de quem não tem nada. (nada mais do que lógico)
ter tudo, ou quase tudo, faz com que as pessoas vivam na eminência de perder tudo que tem.

o importante e o que mais está sendo esquecido nos dias de hoje é o prazer de um conversa cara a cara, o toque carinhoso de um abraço, o perfume de um lindo rapaz, a cor dos cabelos da melhor amiga...

pergunto novamente será que estamos VIVENDO?
ou estamos cada dia mais nos matando?

Para quem gostou...Mais fotos em seu portfólio:
http://marriebot.kunstinzicht.nl/

R.K

out of time

um trecho de uma música que marcou muito uma fase da minha vida... e este é o nome do blog. fora de tempo... fora de órbita... fora da casinha..fora dos paradigmas...
bom ... pode nem ser tudo assim mas o objetivo deste blog é colocar o meu ponto de vista sob algo que vi, observei, absorvi e compreendi.




Out of time - blur

Where's the love song?
To set us free
Too many people down
Everything turning the wrong way around
And I don't know what love will be
But if we start dreaming now
Lord knows we'll never leave the clouds

And you've been so busy lately that you haven't found the time
To open up your mind
And watch the world spinning gently out of time

Feel the sunshine on your face
It's in a computer now
Gone are the future, way out in space



R.K.