sexta-feira, 9 de julho de 2010

Last chance Harvey - Tinha que ser Você

com duas atuações perfeitas merecedoras e ganhadoras do Oscar... Dustin Hoffman e Emma Thompson mostram que sempre há a chance de renovar a vida.

tenho costume de escrever e apagar o que escrevo... comecei a descrever o filme e vi que o primeiro ponto que coloquei para caracterizar o personagem do Dustin, é o momento que ele se encontrava.. em crise.. crise no emprego, com a família...

ai comecei a divagar sobre a famosa crise dos 40 anos (o personagem não tem 40 anos, ele é mais velho, mas fiquei pensando nos 40 anos) entra-se na fase dos “enta” não sai mais a não ser que cheguemos nos 100 anos, 102... enfim.. (o que não duvido mais)... pois é... mas quais serão os sentimentos que fazem entrar nessa crise?

bom não sou psicóloga, nem especialista em comportamento humano... mas pelo que tenho visto todos temos medo da solidão...

um dia um bom amigo..me perguntou se eu tinha medo de ficar sozinha, disse que não. pois eu estava sozinha, estava bem. mas e se bem não fosse o suficiente.. (acho que essa é a fala de algum filme.. mas definitivamente não me lembrarei qual..)
enfim...

me pego pensando em como é a vida isoladamente... tá todo mundo sabe que não podemos viver sozinhos, que não somos uma ilha e blá blá blá.. mas será que no meio de toda essa convivência com os seres mais diversos que estão em nossas vidas não criamos laços que jamais gostaríamos que fossem desfeitos?

bom, tenho amigos, conto em uma mão quais são ( minha mão pode ter 7 dedos? ahaha é só pra caber numa... enfim..) mas no máximo estão em duas mãos... a profundidade dos relacionamentos afetivos, na minha concepção, não se mede com o tempo e sim com a intensidade.. tenho um amigo cabeludo, que conheci na faculdade... mas que parece me conhecer desde criança... faz tempo que não falo com ele.. e fiquei aqui pensando quais eram as formas que me ligavam às pessoas que gosto..

email, twitter, mensagens de celular, Orkut, MSN, telefone... mas em dois anos? eu fui somente uma vez em sua casa ( e foi numa festa ) e ele nunca veio aqui...

engraçado né, talvez porque nos vemos todos os dias. mas e depois?

faz sentido cada dia mais o nível de depressão no mundo subir, mais pessoas se sentirem só mais pessoas se matarem... não estou sendo catastrófica não... nem tenho tendência a suicídio... mas fico aqui pensando no meu ensino médio... (em 3 anos... 6 ou 7 alunos se mataram...)e aí? como fica?

quando se pergunta à alguém... “você tem medo da morte?” a maioria das pessoas dizem sim... não sei é pela “angústia”de não saber para onde “vão” ( se é pro céu, pro inferno, pro limbo, se existem outras vidas... e blá blá blá...) é o medo da solidão que bate...

“pohh... tenho medo da morte sim, vou ficar sozinha... ele morre e eu fico aqui viva mas sozinha...” será que não é isso que as pessoas pensam e sentem?

bom... no auge da minha juventude, continuo não tendo medo da morte... acho que isso é do meu espírito... mas medo da solidão... não sei se tenho...

medo da decepção... uma das falas da personagem interpretada pela Emma, é mais ou menos assim...

“ é que sempre estou esperando que me decepcionem, e você tá tirando isso de mim, por isso talvez eu esteja furiosa...”

é.. sempre teremos algum medo... medo de morrer, medo de que outros morram, medo da solidão, medo da aproximação... enfim... zilhões de tipos de medos podemos ter...

mas com a minha curta experiência de vida... sei que vale a pena arriscar...
viver na infelicidade do “ se ” da hipótese... deve ser amargurante... então..


CARPE DIEM!


ah, e com relação ao filme? tinha que ser você... simplesmente é isso...a vida pode acontecer quando se menos espera e imagina...



R.K.

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